28 de setembro de 2012

Sinto falta

Sempre fui ruim em lembrar de datas. Nunca lembro o dia que comecei um namoro, minhas provas eu sei que tenho, porque todos falam sobre dado certo momento, as vezes, quando minha cabeça está cheia, esqueço até o dia do meu aniversário.
Gosto de lembrar de momentos, minha mente é feita de lembranças. 


Gosto de pensar que sou somente um pouco esquecida. Nem sonhadora demais sou. Sonho sem medida, mas com medidas certas. 

Ultimamente tenho receio de escrever e não há de se perguntar "o porque", pois também não sei. Ando apática, sistemática, chata.
Acho que estou em um instante de falta, de saudade tão intensa, que só consigo parar, voltar para casa depois da faculdade sentindo-me levemente inútil.

E sabe o que é complicado? Não me vejo triste. O que me faz pensar que sou besta por vezes, é que gosto demais desses momentos em que sinto-me levemente solitária (essa é a palavra). E quem me conhece sabe, o quanto gosto de apreciar o silêncio, a calma...
Sou tão orgulhosa que não gosto de explicitar as coisas que me fazem falta, nem de sair chorando por aí "feito menininha" (com muitas 'aspas'). E não vejo mais nada de errado em fazer isso. 

É, porque um dia critiquei alguém por ser assim - um tanto criança - mas sabe, você é o que tiver que ser e, um dia, cada um aprende da sua própria maneira.

Como sentia falta de escrever...! E mesmo que nada, é alguma coisa. É a simples terapia que evito participar continuamente, com medo que se torne clichê, talvez porque, o amor me fez ter aversão a coisas clichês. Um tanto contraditório, não? 

Mas sabe o que é? Gosto dessa sensação de não precisar ter mais saudade (de escrever no caso). Devo fazer isso de propósito, inconscientemente. Só pela vontade de rever essa sensação que não posso obter por aquela(s) pessoas, ou por aquele velho cão de que sinto muita falta. Porque todos já se foram e é uma merda, mas como ninguém vive de lembranças, me forço a ficar acordada, pronta para mais um dia nessa realidade que espero que seja menos apática, menos ridícula e mais libertária do que prisioneira.