10 de outubro de 2012

Sentir o sol. 
Fingir que esse barulho todo 
só alcança o som do mar. 


Não vou pensar em você, 

nesse, 
naquele e 
no outro... 


Deixa eu ser egoísta um pouco, 

pois só assim volto 
E recomeço tudo de novo.

28 de setembro de 2012

Sinto falta

Sempre fui ruim em lembrar de datas. Nunca lembro o dia que comecei um namoro, minhas provas eu sei que tenho, porque todos falam sobre dado certo momento, as vezes, quando minha cabeça está cheia, esqueço até o dia do meu aniversário.
Gosto de lembrar de momentos, minha mente é feita de lembranças. 


Gosto de pensar que sou somente um pouco esquecida. Nem sonhadora demais sou. Sonho sem medida, mas com medidas certas. 

Ultimamente tenho receio de escrever e não há de se perguntar "o porque", pois também não sei. Ando apática, sistemática, chata.
Acho que estou em um instante de falta, de saudade tão intensa, que só consigo parar, voltar para casa depois da faculdade sentindo-me levemente inútil.

E sabe o que é complicado? Não me vejo triste. O que me faz pensar que sou besta por vezes, é que gosto demais desses momentos em que sinto-me levemente solitária (essa é a palavra). E quem me conhece sabe, o quanto gosto de apreciar o silêncio, a calma...
Sou tão orgulhosa que não gosto de explicitar as coisas que me fazem falta, nem de sair chorando por aí "feito menininha" (com muitas 'aspas'). E não vejo mais nada de errado em fazer isso. 

É, porque um dia critiquei alguém por ser assim - um tanto criança - mas sabe, você é o que tiver que ser e, um dia, cada um aprende da sua própria maneira.

Como sentia falta de escrever...! E mesmo que nada, é alguma coisa. É a simples terapia que evito participar continuamente, com medo que se torne clichê, talvez porque, o amor me fez ter aversão a coisas clichês. Um tanto contraditório, não? 

Mas sabe o que é? Gosto dessa sensação de não precisar ter mais saudade (de escrever no caso). Devo fazer isso de propósito, inconscientemente. Só pela vontade de rever essa sensação que não posso obter por aquela(s) pessoas, ou por aquele velho cão de que sinto muita falta. Porque todos já se foram e é uma merda, mas como ninguém vive de lembranças, me forço a ficar acordada, pronta para mais um dia nessa realidade que espero que seja menos apática, menos ridícula e mais libertária do que prisioneira.





 

12 de julho de 2012

“Eu gosto das pessoas que param para escutar. Que gostam de abraços, que conseguem amar. Gosto de pessoas que riem de modo estranho, choram escondidas. Gosto de pessoas que não se escondem atrás de máscaras, pessoas que são fortes, pessoas que sempre seguem em frente. Gosto de pessoas que gostam de pessoas. Gosto de pessoas que sabem o motivo de uma lágrima, que estão sempre por perto. Gosto de pessoas que nunca se vão, de pessoas que ficam, que tentam, que conseguem.”

— Tati Bernardi

11 de julho de 2012

Vou dar um tempo nessa ladainha de paixão e amor


Primeiramente leia:

http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/eliane-brum/noticia/2012/07/todo-dia-e-dia-de-estupro.html

Esse tipo de história deveria ser base para mudarmos, para o ser humano abrir a porcaria dos olhos e perceber que é necessário mudar.

Nos deparamos com situações como essa diante de nossos olhos e nada fazemos. Milhares de mulheres são estupradas no mundo todo e quando muitas se juntam para fazer a diferença, são estereotipadas, consideradas "vadias".
Eu com meus 18 anos sinto vergonha do ser humano. Sinto vergonha de muitos homens, de muitas mulheres. Sinto vergonha da sociedade.
Não é errado viver sua vida, ganhar seu dinheiro, viajar... Errado é ser egoísta, persistir no egoísmo social dizendo aquele velho discurso de que "é natural do ser humano". 
Não, não é.  Nada é mais natural no ser humano do que sua capacidade de se adaptar. 
Então adapte-se, pô! Mude, participe. Não pense que ir a Marcha da Mulher (sendo homem ou mulher) - um exemplo - é só uma questão de fazer número e bagunça na cidade. Ou LUTAR pela EDUCAÇÃO é perda de tempo.
Nós temos tempo, mas já não sei mais se é muito tempo...
E não, você não é mais "civilizado" ou mais inteligente que Marie ou qualquer outra pessoa. Você só teve oportunidade. Então trate de abrir a mente e enxergar o fato de que qualquer um deveria ter OPORTUNIDADE.
Não sei quantas pessoas lerão isso. Não tenho influência. Não tenho muito dinheiro. Meu pai não foi o Roberto Marinho, nem é o Edir Macedo. Mas o mínimo que eu tenha atingido com o que penso é alguma coisa e é uma grande coisa ao mesmo tempo. 
Entende o que tento dizer?


Agora lembrei de algo que me arrependo - e sim, nós negamos, mas sempre existe algo que fazemos/dizemos que depois "foi melhor não ter dito/feito" (que nada mais é do que mostrar arrependimento), mesmo tendo aprendido com esse erro - Me arrependo de ter dito certa vez que uma hora ou outra acabaria por me render ao sistema, por necessidade, talvez por ter escolhido a carreira que escolhi. 

Pois eu simplesmente não quero me "deixar levar" por esse sistema egocêntrico e revanchista. E eu espero, de coração, que todas essas pessoas especiais que um dia conheci e que ainda conhecerei, me ajudem a permanecer com esse pensamento, porque nada, absolutamente nada, nós conseguimos de fato, fazer sozinhos. Sempre há de existir alguém, ou algumas pessoas, para nos apoiar e para serem apoiadas. 

Nós precisamos disso: apoio, respeito (que "saco" ter que repetir isso), e, amor.

7 de julho de 2012

Não sei de quem é, mas não importa... é quase um eu.


"Pode dizer... diz pra eles que ela é de riso, abrigo mas também de drama e 'tô de mal'. Diz que ela é de estragos durante abalos sísmicos mas sabe ser arco-íris depois do temporal. Avisa que ela é de gênio forte, voz, vez e opinião, mas que esconde um coração sensível que não resiste a pessoas que sabem conquistar sua alma. Diz pra eles que ela é pra poucos, loucos, imperfeitos mas bons. Conta que um escrito, até mesmo um SMS, é capaz de transformar seu humor, que aparência não lhe apetece mais que essência, que dar atenção com vários dengos é seu ponto fraco.''

10 de junho de 2012

Nossa cabeça é nosso manicômio particular

A dúvida me faz querer escrever.
Dúvida preenchida pelo desejo, palavra envolta em sensualidade - sensualidade esta que poderia ser mais infantil - que me engana, faz perder o sono.
Gosto da platonice de deter seu olhar em mim, ganhar sua confiança, te permitir ganhar o resto da minha inocência.
Mas não quero esse egocentrismo, esse egoísmo que em tempos passados só fez prejudicar.

Perto de você minha mente é confusa, minhas palavras são escolhidas à dedo (erro) e meus olhos procuram outra direção. 

As vezes penso nas estrelas, na postura do vento. Onde eles querem me levar? E nesse pensamento de gente louca, tento, mas não enlouqueço, pois já enlouqueci o suficiente.
Pensar é um descarrego. Cada palavra que você pensa é uma frase jogada fora, mas cada coisa que te faz pensar é um guindaste para novos pensamentos que vem, mas nem sempre vão.

Uma simples olhada em uma foto sua dividida em sete partes na tela do computador e reparo o seguinte:
o tempo passa; 

as pessoas mudam; e 
eu superei meu amor por você.
Sobram as lembranças.

5 de junho de 2012

Palavras soltas


Existe aquele erro que não larga do seu pé. 
Você erra, erra. 
Não aprende e erra mais uma vez. 


Tentarei parar um pouco com essa besteira de errar.


Parar de fugir da chuva, sentir o vento me arrastar.

Sei que aquilo que é livre acredita

Que o que será, será.

Sei que algo sou,
Um dia alguém também verá.

17 de maio de 2012

Os sentimentos são coisas engraçadas que vem e vão. Reparei isso a olhar meus antigos textos. Reparo isso ao olhar o que passou - e provavelmente farei o mesmo daqui a alguns anos.
As infantilidades aos poucos vão sumindo, basicamente sendo cobertas pelo senso de um ser adulto e teoricamente entendido dos assuntos da vida. Ou será bobagem?
Os adultos nem sempre entendem da vida, na realidade acabam perdendo aquilo que chamamos de essência das coisas, para viver na sociedade onde o dinheiro parece ser tudo e quase nada ao mesmo tempo. Creio que ser maduro não significa ser 'mais velho'. As experiências que nos fazem amadurecer. Hoje, sempre e até o fim.

13 de maio de 2012

Pessoa solitária.
Pessoa sonhadora.
Olha para o lado e só vê uma pessoa.

Quem é essa pessoa?
É o enigma que tento desvendar...

Acaba com minha solidão.
Sei que logo vais embora,
Mas não queres ter a chance de saber quem sou?

Abra os olhos jovem pessoa,
Pois meus versos são fracos
E incapazes de ter-te
pela simples existência que lhes dei.

10 de maio de 2012

Não é fácil lidar consigo mesmo, muito menos lidar com aqueles que cruzam o seu caminho. Mas parte importante de crescer é aprender a lidar com essas dificuldades. Independente da sua idade e maturidade ou de quem você ama ou deixa de amar. As experiências são importantes - essas são essenciais - porque um dia, aquela mesma história que parecia única, se repete, e, aquilo que você nunca imaginou que poderia acontecer, por fim acontece.

1 de janeiro de 2012

Última carta de amor endereçada a você

“As uvas dependuradas naquela parreira não passam de pequenos instantes, todos eles sustentados por fios de música. Se você puder provar da uva mais doce e escutar a nota mais alta, poderá entender tudo aquilo que senti numa madrugada qualquer, no instante mais intenso de êxtase compartilhado.
E foi na certeza inegável daquele momento, que nasceu o amor”.

Como todo ser humano, me pergunto o que é amor. Seu objetivo e, em mim, seu destino. Gostaria de compreender se de fato “é eterno enquanto dura”, se morre um dia, ou permanece vagarosamente aceso em nós até o dia que findamos. O que sinto agora não é dor, mas também não parece saudade, é mais uma sensação de estranhamento daquilo que parece ter passado há muito tempo.
Agora ando em meio a muitos livros e diante de histórias que me fazem chorar tudo aquilo que não chorei, pensar em coisas como: “Acho que as pessoas, incluindo a mim, não aproveitam o presente tão bem assim” e simplesmente parar e olhar para o céu mais uma vez, como costumava fazer por diversas madrugadas imaginando como seria estar com aquela pessoa e como deveria agir para conquista-la sem nos ferir.
Penso demais, creio que valorizo em excesso a questão do ser humano ser “um ser pensante”. Escrevo pouco, por falta de vontade, por preguiça, por medo de estar novamente voltando ao mesmo assunto: amor. Pois quando penso em amor, acabo pensando em você, o primeiro ser humano que amei e senti que foi recíproco. É... eu percebi, não sou boa em perdas. Só sei me esconder em meio às desventuras da vida, diante de bobos acontecimentos e acabo por nunca dizer de fato o que sinto. Uma parte de mim morreu sem eu notar quando você se foi. Mas não para sempre e nem por medo de sentir novamente, apenas por segurança, por cuidado.
Eu agradeço por ter vivido isso cedo e refletindo percebi que poucos são aqueles que sentem um amor verdadeiro tão cedo. A maioria apenas finge e sabe que o faz. Então, obrigada por ter me dado essa chance de saber logo, que estar perto da pessoa que se gosta é possível e perdê-la, também é. Daqui para frente, onde quer que você esteja, seja feliz e espere que eu seja também.