22 de agosto de 2010

Amor?

Sabe, acho que cansei de entender o amor.
É um sentimento complexo demais. E eu poderia até tentar explicar aqui, a partir de algumas boas palavras bonitas, porém de que isso adiantaria, não é mesmo?
As pessoas amam demais, e sofrem demais também. Percebe-se, a partir daí, que o que é bom sempre precede de algo ruim ou vice versa.
Dizer que quem ama entende, protege e só quer bem ao ser amado já são coisas um tanto clichês. O que as pessoas não reparam é que dizem amar, mas não se atentam ao que essas palavras significam.
Vi pessoas que amaram tanto ao ponto de esquecer de si mesmas só para não ferir o outro. Vi a desonestidade fixada nos olhos de pessoas que diziam amar.
Se você ama de verdade não deveria se vangloriar, nem jogar na cara os momentos físicos que tiveram, Você não deveria pensar que é o máximo. Porque assim você mente. Você não ama.
Vi em uma das minhas aulas de filosofia sobre um filósofo chamado Feuerbach que dizia, entre outras coisas,  que o Ser Humano precisa de um exemplo inicial para saber se algo existe, para entender esse "algo", para saber diferenciá-lo de outra coisa. Então pensei quem teria sido o primeiro jovem a vivenciar o amor para nos contar como é hoje. Como teria sido esse ser tão sensível ao ponto de nos ter mostrado esse único sentimento que carrega com sigo uma infinidade enorme de muitos outros.
O amor se tornou tão banal, mesmo para aquelas que sabem o quanto o mesmo é importante.
Queria poder dizer que entendo seu significado, que posso senti-lo aqui comigo durante todo o tempo que respiro. Temo pela sua ausência com demasiado pavor e angústia. E a sua presença me assusta com uma intensidade ainda maior.
Aquelas palavras tão cheias de verdades, que mais me parecem de amor e que querem tanto ser ditas para mim. Não falas porque?
Espero que se tenha mais coragem de dizer a mim o que eu não tenho coragem de proferir. E muito menos sequer de admitir. Porque talvez, o meu sorriso não seja mesmo mais o mesmo.
Acho que devo parar de achar que as pessoas me amam mais do que aparenta ser. Porque afinal, se não se tem coragem de dizer, será que amor real haverá de ser?

15 de agosto de 2010

Para uma pessoa chamada Ina.

Fiquei um bom tempo parada em frente a tela para tentar descobrir uma maneira de começar.
Tudo porque lembrei em forma de sonho, da ultima vez que nos vimos.
Eu ainda não entendi como tudo aconteceu.
Em um momento você estava comigo, e pouco depois não te vi nunca mais.
Minha mente infantil nunca pensou que aquela alegria teria um fim.
Você sempre foi para mim uma parte de uma família que eu nunca tive.
E agora que cresci, percebi que poderia ter sido melhor.
Queria tanto ter aproveitado mais e não ter te magoado em momento algum.
Pensei e vi que tivemos que pagar por um erro que não cometemos, um erro que não foi nosso.
E isso é o que me deixa mais irritada.
Por mais que eu odeie fazer isso. Em diversos momentos me pego pensando em como as coisas seriam se não tivéssemos nos distanciado.
Quem diabos pode ser tão insensível a ponto de te mandar para outro país só para não me ver mais?!
Éramos apenas crianças...
Gostávamos de estar juntas, de rir de tudo, de enlouquecer nossas mães.
Será que foi culpa minha? Será que fui eu que te fiz partir?
Queria poder te dizer tantas coisas. Te pedir perdão e dizer que sinto muito a sua falta.
Que sempre que me lembro não consigo controlar o meu choro.
Lembro de como éramos unidas. De como eu me sentia bem quando acordava com seu sorriso dizendo "Acordou dorminhoca?!". Lembro das nossas inúmeras viagens à praia. E do seu ciúme quando eu ao menos pensava em gostar de uma outra "irmã" ou até amiga. Lembro que sua irmã me odiava e que ela me desejava beeem longe de você. E bom, nós costumávamos rir um pouco disso.
Lembro de uma noite que acordei desesperada depois de um pesadelo, e você me acalmou como ninguém. Até agora não sei se foi um sonho.
Sabe, eu me sinto perdida em muitos momentos. E é nessas horas que desejo mais que você esteja aqui. Principalmente porque, sua voz sempre me acalmou.
Ainda lembro do seu rosto, do seu olhar. O que é estranho, pois os anos já se passaram a tempos, oito, para ser mais exata.
Não sei se recorda disso tudo. E faria qualquer coisa para saber o que esta pensando agora.
Queria muito te rever, mas a distância é grande demais...
Li em algum lugar, que é natural as pessoas morrerem, ou se distanciam, pois se não fosse por isso, não saberíamos o quanto a amamos. Mas eu não quero que você morra de dentro de mim
Eu ainda Te Amo. E muito.
Éramos só crianças.

12 de agosto de 2010

Covardia!

Uma pessoa me disse um dia que sou covarde. E na realidade, nunca alguém me acusou com tanta veemência e timidez assim.
Fique pensando, e mais do que nunca percebi que sou mesmo.
Covarde por omitir verdades, por acreditar que sou melhor assim, por amar e não admitir, por querer chorar e nunca conseguir, por tentar dar voltas circulares em um mundo tão quadriculado, por sofrer em silêncio quando não é preciso.
Passei tanto tempo tentando me proteger que não percebi que estava sendo ferida de forma profunda bem naquilo que chamam de alma e que apelidam de coração.
Sou uma covarde acobertada por contraditórios. Contraditórios esses, suspensos no ar, livres para magoar qualquer um que queira.
Esses mesmos contraditórios que ainda me fazem acreditar que sou corajosa. Mas que se dane os motivos disso.
Então sou uma entre bilhões de covardes nesse mundo, e uma entre milhões que admitem seus erros.
E querendo ou não.
Somos todos covardes, e o incapaz não pode julgar o capacitado.
Talvez seja uma covardia admitir isso... Mas quem se importa?...