29 de abril de 2010

Vida

Até que ponto pensar no futuro é algo bom?
Até que ponto é bom criar planos, procurar por respostas?


Os dias costumavam passar tão rápido, quando os sonhos eram simplesmente sonhos.
Tão distantes como o horizonte. Como o Sol e as estrelas.


Agora os dias passam lentos, quase param, quase me ignoram.
Nesse momento em que os sonhos parecem mais claros, mais próximos de mim.


A vida é algo engraçado, complexo demais para entendermos, e para se quer compreendermos.
A vida, que surge sem uma razão concreta, explícita.
Essa mesma vida que pode ser tirada do corpo de um inocente em um tiroteio entre gananciosos.
Essa peculiar coisa que permanece diante de indignos e ladrões.


Sinto-me, por muitas vezes, prisioneira dela. Mas que outra saída teria eu?
Se considerar que o único caminho restante seria o da Morte.
Tão medonha que causa arrepios a qualquer um, desde o mais inocente dos seres, até o mais cruel.


Ocorrem contínuos bloqueios na minha mente.
E em um piscar de olhos ela se torna vazia, oca. Burra.
Esqueço de coisas importantes.


Me desanimo.
Chego a perder minha essência.
Meu chão.


Meu desejo era ficar na cama com meus sonhos, com meu sono.


Então eu levanto,
Com um peso terrível na consciência,
Penso nas minhas aspirações,
Naquelas vontades que sempre me fizeram acreditar no que sou,
No que serei um dia.


Então tomo um banho apressado e atravesso a porta correndo.
Para aquele âmbito de conhecimento e tentação.
Para aquilo que, incrivelmente, eu não quero mais deixar para trás.
Pelo resto da minha vida,
Da minha existência.

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