23 de setembro de 2010

Reflexão do Momento

Sabe, tem aqueles dias em que você se sente estranha, irritada.
Aqueles dias em que você decide descarregar todos aqueles sentimentos ruins que se agitavam na sua cabeça durante dias, talvez meses.
Eu não sei mais se buscar uma razão para as coisas é uma tarefa fácil ou difícil.
Só percebo, ainda mais nesse momento, o quão nobre e virtuosa é a paciência.
E lembro de ter tido mais dessa virtude ao meu lado, lembro da calma que sentia, da segurança que me acolhia.
Somos todos tão volúveis, tão sucessíveis a mudanças que definirmos a nós mesmos é uma tarefa tão próxima do impossível, como a vida de uma folha solta.
E a Vida. Há! Que magnífica!
Como me confunde assim? Por que faz assim?
De vez em quando, como qualquer ser humano, queria poder te desvendar. E se fosse possível, queria poder demonstrar que te amo.
E amo tanto.
Aprendi coisas.
E uma delas foi que a Vida é feita, entre outras coisas, por uma estrutura compensatória.
Tudo parece ocorrer de tal forma que uma coisa ruim é compensada por algo bom, e uma coisa boa é compensada por outra ruim.
Impossível é você ter um dia perfeito, assim como um dia horrível.
O que acontece é que você se atenta tanto a certos momentos que acaba não reparando naquela infinidade de outros.
Você não percebe naqueles detalhes como um olhar e um sorriso, um gesto de mãos, da cabeça. Detalhes que podem trazer tantas consequencias.
Quando você menos espera, lá está você, em uma situação embaraçosa, confusa, talvez não tão desejada.
As vezes, por um longo período de tempo não penso simplesmente em nada. E nada me interessa, nada me dá prazer.
Eu só fico como uma boba a observar as pessoas, os fatos. Simples assim.
Gostaria, e muito, de ser uma pessoa melhor. Um pouco mais íntegra, não tão fiel a alguns de meus ideais. Gostaria de ter uma sinceridade mais honesta, mais justa.
Quero parar de ser tão real nesse mundo tão irreal, tão traiçoeiro.
Eu vou, tentarei muito. Farei o possível.

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