17 de fevereiro de 2010

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Havia uma garota particularmente ingênua, e feliz, na medida do possível. Ela tinha acabado de entrar no colegial. Uma escola diferente, cheia de pessoas doidas, porém interessantes. Ela até que fez muitos amigos, mesmo não sendo muito sociável e extrovertida. 
Um de seus amigos era um garoto. Ao meu ver, um garoto bem comum, sem nada de interessante.
No começo ela nem mesmo gostava muito dele, mas por estarem no mesmo círculo de amigos ela o aceitava sem problemas. Mal sabia ela que ele achava o mesmo. Ao longo do ano muitas coisas aconteceram. Muitas festas, conversas, risadas. Então os dois ficaram mais próximos e passaram a se gostar de verdade, não estavam mais só "se suportando". Eles agora curtiam conversar um com o outro e tudo mais.
Mas depois, de um jeito que eu não sei explicar, ela começou a se apaixonar por ele, mesmo sabendo que ele não era a melhor pessoa para de apaixonar. Ela era teimosa, e não queria pensar em outra coisa.
 O garoto, que não era nada burro, percebeu, e mesmo gostando muito dela (como um amigo) não resistiu, e quase que imediatamente começou a provocá-la. Ele era aquele tipo de garoto que gostava de brincar com os sentimentos de garotas ingênuas, ou melhor, de qualquer garota, seja ela ingênua ou não.
Mesmo não sendo um cara mal, ele não conseguia controlar suas atitudes, suas palavras. Quando percebeu o que fizera, já era tarde demais. Ela já se apaixonara por ele e dizia que o amava...
Então ele tentou concertar o erro, porque não queria mais magoar sua amiga. No início tudo passava de um simples desejo, que logo depois se evaporou. Porque, tenho que explicar, ele gostava de outra pessoa, e naquele momento não queria ficar com ninguém além dessa pessoa.
Ele negou muito, muito e muito. Até que ela percebeu que ele não iria ficar com ela. Então ela ficou com raiva, mas não dele. E sim dela mesma por ter se permitido gostar de mais de alguém, mais uma vez.
O garoto se sentiu extremamente culpado, e fez de tudo para que ela o odiasse, porque assim ele se sentiria pior que ela. 
Talvez, em sua cabeça, isso fosse diminuir a culpa que o arrebentava. 
Mas ela insistia em não odiá-lo, na realidade, ela acabava por amá-lo mais e mais.


Eu poderia te contar o fim dessa história. Mas o fato é que eu não sei, pois só estou aqui para contar essa história sem fim, Na esperança de que você me ajude a encontrar esse fim, pois eu sou curiosa...


  

  

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